domingo, 18 de outubro de 2009

Comissão Executiva Nacional da ANEL

Resoluções sobre Secundaristas

A CEN da ANEL está fechando a cartilha de Secundaristas que foi definida na 1ª Assembléia Nacional da ANEL. A cartilha discorre sobre muitos temas importantes da luta do setor secundarista, principalmente a luta contra o novo ENEM, que com seu adiamento, esquentou a luta por uma forma de acesso às universidades mais democrática, afinal o novo ENEM também se configura mais um filtro social para entrada nas universidades e não a falácia do fim do Vestibular como o governo e a UNE vem alardeando.

Por que uma cartilha de grêmios?
Hoje, sabemos claramente qual é o projeto do governo Lula para as universidades públicas. O projeto deste governo para a educação básica enquadra-se na mesma lógica de expansão absurda com mínimo aumento de verbas, porém de forma mais cruel e precarizante. Isso se materializa em projetos como o IFET, Escolas Referência, Enturmação...

Assim, devido à grande precarização das escolas, o que inclui desde falta de professores, salas de aulas, merenda escolar, material escolar, etc, todos os dias temos em algum lugar, um grupo de alunos que se une para montar um grêmio estudantil e fazer alguma coisa para melhorar as coisas.

São alunos que ainda não têm alguma referência no movimento estudantil, mas nenhuma experiência. Não conhecem nenhuma entidade, nem estão por dentro dos debates. Um setor bem novo e amplo, que às vezes, ao procurar na internet ou em bibliotecas sobre grêmios estudantis, acaba caindo em algum material da UNE/UBES.

Nossa tarefa com a cartilha é levá-la de escola em escola, desde as municipais, até as particulares e tanto incentivarmos a criação de grêmios, quanto divulgá-la o máximo possível na internet e nos nossos locais de atuação, para que ela caia nas mãos de pessoas que, às vezes nem conheceremos, mas que já terão referência em nossa entidade e na nossa concepção de grêmio estudantil ao iniciar o processo de eleição do grêmio.

Aí vai um passo a passo sobre como trabalhar com a cartilha.

1º : nas escolas onde ainda não temos Grêmio devemos começar divulgando a cartilha, mostrando para aquelas pessoas que estão mais interessadas em lutar por melhorias, mostrando a necessidade de criarmos um grêmio estudantil no formato dos grêmios da ANEL: livres, independentes, combativos.
2º: nas escolas onde já estamos no grêmio, devemos divulgar a cartilha para os integrantes e fazer um projeto de expansão da cartilha. Devemos listar em quais escolas (pode ser a do nosso bairro, ou alguma outra escola maior e importante que ainda não tenha grêmio) podemos passar com a cartilha. Em algumas escolas, geralmente até temos pessoas muito interessadas em montar o grêmio, mas que muitas vezes não sabem como fazê-lo. Assim, devemos ir até a escola, apresentá-la aos alunos e acompanhar, na medida do possível, o processo de formação dos novos grêmios.
3º: nas escolas onde somos oposição, a cartilha também servirá para nos diferenciarmos dos grêmios da UBES que são gestão. Através dela podemos colocar claramente qual é a diferença de um grêmio da ANEL, que está ligado às bases, combativo, independente e criativo para um grêmio da UBES.
4º: para viabilizar a produção das cartilhas nas cidades, devemos vendê-la a 1 real onde for possível, para conseguirmos verbas para rodá-la.
5º: devemos disponibilizá-la via internet no maior número de locais possível. Nos sites dos nossos grêmios e sindicatos onde temos contato. Já estamos vendo de disponibilizar no site da Conlutas. Colocar no Orkut e onde pudermos, pois, se fizermos uma boa divulgação, podemos atingir cada vez mais áreas e grêmios.

Informe importante: essa semana o governo federal cortou 9 bilhoes de reais do FUNDEB (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica) que é o órgão que praticamente sustenta a maioria das escolas municipais e estaduais, devido à baixa arrecadação de impostos por causa da crise. Devemos fazer uma divulgação muito grande disso e colocar a necessidade de nos unirmos para lutar nacionalmente contra os cortes de verbas da educação.

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